quinta-feira, 31 de março de 2011

Déficit comercial do setor de máquinas deve dobrar em 2011 Qua, 30 de Março de 2011 20:44

O setor de máquinas e equipamentos deve fechar o ano com um déficit comercial de US$ 30 bilhões,
US$ 15 bilhões a mais que em 2010, quando o déficit foi de US$ 15,7 bilhões. A estimativa foi feita
hoje pela A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

De acordo com os dados divulgados pela Abimaq, as exportações do setor, em fevereiro, ficaram novamente
abaixo das importações. As vendas para o exterior totalizaram US$ 895 milhões e as importações,
US$ 2,04 bilhões, um déficit comercial de US$ 1,14 bilhão.

“Isso mostra que estamos sendo invadidos [pelos produtos industrializados importados]. Se o Brasil não
tomar uma atitude com relação, principalmente, aos países asiáticos, nós estaremos entregando nosso
mercado de bandeja”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. A entidade pede barreiras
comerciais contra esses países, menores taxas de juros e desvalorização cambial.

Entre os principais exportadores de máquinas e equipamentos para o Brasil, a China se consolidou em
segundo lugar, responsável por 16% dos itens importados, atrás dos Estados Unidos, que têm participação
de 25%. Em terceiro lugar está a Alemanha, seguida por Japão, pela Itália e Coreia do Sul.

Entre os principais destinos dos produtos industrializados brasileiros estão os Estados Unidos, a
Argentina, Holanda, o Peru e a Alemanha. Em relação ao primeiro bimestre do ano passado, os dois
primeiros meses de 2011 registraram aumento de 59,5% das exportações brasileiras para os Estados Unidos
(US$ 170,04 milhões em 2010 para US$ 271,29 milhões em 2011), e um acréscimo de 116,9% das exportações
para a Alemanha (US$ 37,24 milhões, em 2010, para US$ 80,79, em 2011).

“Imaginem se tivéssemos a competitividade como a gente pede, principalmente em relação ao câmbio.
Aumentar a exportação para a Alemanha e os Estados Unidos é uma coisa que a gente tem que comemorar.
Mostra que a indústria brasileira ainda é competitiva. Mas nós estamos perdendo isso ao longo do tempo,
com essas condições macroeconômicas”, disse. As informações são da Agência Brasil.

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