quarta-feira, 30 de março de 2011

Energia limpa recebeu investimentos mundiais de US$ 243 bi em 2010
30/03/2011

A preocupação dos principais países quando o tema é a geração de energia limpa, promoveu investimentos
considerados recorde em 2010, US$ 243 bilhões, ou seja, 30% sobre o 2009, segundo pesquisas do The Pew
Charitable Trusts.

Entre os países que mais receberam investimentos privados forma a China, Alemanha, Itália e Índia.

A China manteve sua posição como uma potência mundial no setor com US$ 54,4 bilhões em investimentos em
2010 , aumento de 39% em comparação a 2009. Já a Alemanha, que tem grandes projetos para o
desenvolvimento de energia limpa, foi a segunda no G-20, a partir dos últimos três anos, depois de
experimentar 100% de aumento de investimentos, alcançando US$ 41,2 bilhões.
“O setor de energia limpa está emergindo como um dos mais dinâmicos e competitivos do mundo,
testemunhando 630 por cento de crescimento em financiamentos e investimentos desde 2004”, disse o
diretor do Programa de Energia Limpa do Pew, Phyllis Cuttino.

A energia eólica (gerada através do vento) ainda é a tecnologia que mais atrai recursos, ou seja, a
favorita de investidores. Em 2010, esse tipo de fonte gerou US$ 95 bilhões. Entretanto, o setor solar
obteve crescimento significativo em 2010. Os investimentos em energia solar aumentaram 53%, chegando ao
recorde de US$ 79 bilhões e mais de 17 gigawatts (GW) de novas capacidades de produção global.

A Alemanha respondeu por 45% dos investimentos mundiais em energia solar. Uma alternativa mais que
aprovada pelos alemães que brigam com o governo para que as usinas termonucleares sejam desligadas.
“Países como China, Alemanha e Índia se tornaram atrativos para os financiadores por terem políticas
nacionais que apoiam os padrões de energia renováveis, concentrar-se na redução do gás carbônico e/ou
possuir incentivos para investimento e produção, além de criar uma certeza de longo prazo para os
investidores”, argumenta Cuttino.

Os Estados Unidos, os maiores usuários de combustíveis fósseis, lutam para gerar energia de fontes
renováveis. Até 2008, os americanos vinham mantendo-se na primeira posição, mas em 2010 caíram para o
terceiro lugar, com US$ 34 bilhões. O Reino Unido registrou o maior declínio no grupo do G-20, caindo
do quinto para o 13º lugar. O relatório sugere que as incertezas que cercam as políticas de energia
limpa nestes países estão motivando os investidores a procurar oportunidades em outros locais.

A exemplo de outros países europeus que buscam alternativas de energia limpa, a Itália atraiu US$ 13,9
bilhões em financiamento de energia limpa no ano passado, melhorando sua posição global, subindo do
oitavo lugar em 2009 para o quarto em 2010. A Itália é o primeiro país a alcançar a paridade energética, ou competitividade de custo, para a energia solar. Já Portugal, o uso de energia gerada pelas termoelétricas movidas a carvão vegetal, vem perdendo espaço para a eólica.

Pela primeira vez, a Índia juntou-se às 10 primeiras, atraindo
US$ 4 bilhões, um aumento de 25%. “À procura de tendências globais, o setor solar experimentou o mais
forte crescimento entre as várias tecnologias, liderados por projetos residenciais em pequena escala",
revelou Michael Liebreich, CEO do Financiamento de Nova Energia da Bloomberg. “O declínio de preços e
o importante apoio dos governos ajudaram o setor solar a alcançar 40% do total de investimento em
energia limpa em 2010”.

Com os dados compilados pelo Pew, parceiro de pesquisa de
Financiamento de Nova Energia da Bloomberg, a edição do “Quem Está Ganhando a Corrida da Energia Limpa?"
examina como as nações estão indo nesta concorrência cada vez mais forte pelos investimentos privados
entre as economias líderes do mundo, conhecida coletivamente como o Grupo dos Vinte (G-20). Os
investimentos nos países do G-20 contabilizaram mais de 90% do total mundial.

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