domingo, 3 de julho de 2011

O CASINO É MELHOR PRA NÓS
LVMH e Colony não venderão o Carrefour brasileiro, por que é a segunda operação mais importante do Carrefour mundial, só perdendo pra matriz francesa. O problema do Carrefour, além da má gestão que recente desfalque comprova, é seu modelo, de hipermercados, por que, com a ascensão econômica das classes pobres, o modelo ideal do varejo passou a ser o supermercado de bairro, ou mesmo o "mercadinho", mais próximos da nova clientela. O Wall Mart tem partido pra essa abordagem, através de aquisições, e o Pão de Açúcar é o que mais nela se aprofundou. Mas o Carrefour, corrigindo a má gestão, pode continuar com sua estratégia "mista" atual, por que é de se prever que, com a continuidade da melhora da situação das classes mais pobres, o hipermercado voltará a sua antiga relevância em prazo não tão longo.
De todos os citados, é justamente o CASINO quem tem a maior facilidade em vender para os pobres, por que sempre seguiu a abordagem de proximidade à clientela através de unidades menores, desde sua fundação. E talvez seja por isso que o CASINO não abre mão de controlar o negócio, em vez de ser uma quarta voz em um negócio maior. Ele sabe que tende, por esse motivo, a ter maior facilidade de atuação no mercado brasileiro que o seu rival francês (e também que o americano), ou seja, por suas cultura e estratégia. Sem falar na intensidade da rivalidade contra o Carrefour. E Jim Collins jamais apoiaria a maneira como Abílio atuou no episódio, quando cometeu quase todos os mais graves erros que se pode cometer em uma negociação.
E a notícia mais recente informa que o “Carreçúcar” teria nada menos que 69% do mercado em São Paulo, índice de concentração verdadeiramente pouco aceitável. Então a melhor opção não só para o país e pra suas classes menos favorecidas, seria que o empresário entregasse o controle do Pão de Açúcar ao CASINO, como combinado, em vez de tentar envolver o governo em seus subterfúgios pra tentar manter o controle do GPA. Essa história de “campeão nacional” é geralmente balela, interesse próprio empresarial, principalmente no caso em lide.

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