terça-feira, 25 de outubro de 2011

GOVERNO INSISTIRÁ NA QUEDA DOS JUROS
É importante, até por questão de clareza e parceria, deixar claro ao mercado que o governo Dilma realmente pretende reduzir a Selic a níveis civilizados. Talvez fôsse importante definir meta pra Selic ao fim de 2012, por que o mercado prevê aquela taxa em 10,5% ao fim do ano que vem, e pode depois alegar "ter sido pego de surpresa", como fêz após 30/08. De qualquer forma, é digna de todos os louvores a dedicação de Dilma a tal causa, que pode vir a revolucionar a economia pátria, causando mais benefícios à população, via estímulo às exportações, redução de importações, aumento extraordinário da
taxa de investimentos e melhoria enorme no mercado de trabalho, etc.
O cenário, pra mim claro, mas em fase de clarificação pro mercado, é: o governo (Fazenda, Planejamento etc) controla os gastos públicos; o BC controla a moeda (meios de pagamento= moeda, crédito etc); a inflação, com colaboração de certa deflação externa, cai suavemente; o COMPOM reduz controlada e dosadamente a Selic; tal fato desenrola-se por todo o governo Dilma, se necessário; a ciranda financeira é gradativamente desmantelada; os R$ 1.800.000.000.000,00 (hum trilhão e oitocentos bilhões de reais) de endividamento público caem, por que emprestar ao governo torna-se cada vez menos compensador; parte do montante busca outros países, "enxugando" o mercado de moeda estrangeira; o dólar sobe (mas a inflação não, devido ao controle dos gastos públicos e da moeda), rumo ao patamar correto, o que incentivará as exportações e desincentivará as importações, estimulando e protegendo a atividade econômica interna, particularmente a indústria; outra parte, talvez mais substancial, abandona a especulação e volta-se, corretamente, pra produção; a taxa de investimentos sobe grandemente, muitas novas empresas
surgem em função disso, outras são expandidas, o mercado de capitais cresce grandemente, o imobiliário também (a Caderneta de Poupança está no caminho, mas será adequadamente manobrada); o mercado de trabalho inverte a mão: de abundancia a falta de mão de obra em comparação com a quantidade de empregos
ofertada, os cerca de 6.000.000 de desempregados são em sua maioria empregados; a disputa por mão de obra eleva os salários; o consumo também é estimulado pela queda dos juros, pelo aumento do nível de emprego
e pela elevação dos salários; a economia entra em círculo virtuoso; pode-se até visualizar, continuando o governo a controlar gastos e moeda, um ponto em que, não tendo mais como reduzir os juros, o governo superavitário consiga começar a reduzir impostos (coisa pra no mínimo alguns anos, claro).
É ou não é melhor que o Plano Real e o Bolsa Família juntos? E é exatamente o que o atual governo está tentando fazer. Tem o brilhantismo da simplicidade e a genialidade do que é bem concebido. É simples por que é o bê-a-bá de economia, é seguro (desde que bem praticado) por que apoiado na melhor teoria e no que sucede e sucedeu em n países que seguiram tal caminho. Leva o juro pra nível civilizado, civiliza também o câmbio, civiliza a taxa
de emprego, e eleva a de investimentos. Simples assim. Sem forçações, sem artificialismos, de modo civilizado.
E nem estou falando da melhoria da gestão das estatais que o governo também está por introduzir, obrigando-as a uma gestão de qualidade equivalente à da gestão de boas empresas privadas. Sério, esse governo promete, no ótimo sentido.

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