segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EUA VIVEM BOOM DE PETRÓLEO

Por TOM FOWLER

Agências federais americanas devem confirmar na segunda-feira o que a indústria da energia já sabe: a produção de petróleo está aumentando nos Estados Unidos.

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OILBOOM
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Bloomberg News

Operações de uma petrolífera na Dakota do Norte. Este Estado americano viu sua produção de petróleo triplicar nos últimos cinco anos.

A Agência de Informações sobre Energia dos EUA provavelmente aumentará de forma substancial sua estimativa atual, segundo a qual a produção petrolífera do país vai crescer em 550 mil barris por dia até 2020, quando atingirá pouco mais de seis milhões de barris diários.

A previsão vai computar novos dados da produção de campos de petróleo em desenvolvimento, incluindo a área de xisto de Bakken, no Estado de Dakota do Norte, que pode conter até 4,3 bilhões de barris de petróleo recuperável. A produção de Dakota do Norte de petróleo e produtos líquidos relacionadas superou 500 mil barris por dia em novembro, o que significa que esse Estado extraiu mais petróleo do que o Equador. Na verdade, a produção de petróleo americana cresceu mais depressa que a de qualquer outro país nos últimos três anos, e continuará crescendo à medida que as empresas perfuradoras se afastam do gás natural, devido ao excesso de gás no mercado, dizem especialistas. O excedente derrubou os preços do gás natural a uma baixa recorde de 10 anos.

A combinação de técnicas que impulsionaram o recente aumento na produção de gás natural — a perfuração horizontal e o fraturamento hidráulico, ou "fracking" — vem se expandindo para os campos petrolíferos nos EUA.

Esse grande aumento na produção de petróleo e líquidos relacionados também usados como combustíveis, como o condensado de petróleo, pode reduzir a dependência dos EUA das importações de petróleo e ajudar a aliviar o déficit comercial do país. Mas pode ter um impacto limitado sobre os preços da gasolina nos EUA, cada vez mais definidos pelas tendências globais de oferta e procura.

O aumento da produção doméstica também não basta para ajudar os EUA a atingirem o difícil ideal de independência energética: a expectativa é de que o país consuma diariamente mais de 19 milhões de barris de petróleo e combustíveis líquidos até 2020.

De 2008 até 2011, a produção americana de uma categoria mais ampla de petróleo e líquidos relacionados cresceu 1,3 milhão de barris por dia, ou mais de 17%, para 8,9 milhões de barris, segundo a firma de pesquisas IHS-CERA. O resultado ultrapassou o da Rússia, onde o crescimento da produção diária foi de cerca de 480.000 barris; da China, com cerca de 380.000 barris, e do Brasil, com crescimento de 340.000 barris diários.

A IHS-CERA prevê que a produção nos EUA pode aumentar em mais 1,3 milhão de barris diários até 2020, chegando a 10,2 milhões de barris.

Esse aumento constitui uma notável inversão da tendência de apenas alguns anos atrás. A produção americana de petróleo e outros combustíveis líquidos atingiu um pico de 11,3 milhões de barris diários em 1970 e a partir daí começou a declinar. O declínio chegou ao ponto mínimo de 7,6 milhões de barris diários em 2008, quando surgiram as novas técnicas de perfuração.
PENA QUE OS BOOMS DE ENERGIA EÓLICA E SOLAR AINDA NÃO SEJAM SUFICIENTES PRA SUBSTITUIR O PETRÓLEO TOTALMENTE

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